Cuiabá segue sendo a capital com maior investimento médio por habitante
O Instituto Trata Brasil divulgou, nesta quarta-feira (20/03) o ranking de saneamento básico das cem cidades brasileiras mais populosas. O ranking do Trata Brasil considera os indicadores “Nível de Atendimento”, “Melhoria do Atendimento” e “Nível de Eficiência", usando como referência dados de 2022.
Observando o investimento médio anual por habitante, é possível notar que Cuiabá (MT) foi a capital que mais investiu, com R$ 472,42 por habitante. A segunda capital que mais investiu em termos per capita foi São Paulo (SP) com R$ 219,20 por habitante, seguida de Natal (RN) com R$ 217,44 por habitante.
Cuiabá (MT) foi a única que ficou acima do patamar do PLANSAB, de modo que São Paulo (SP) e Natal (RN) ainda ficaram próximas, mas todas as demais capitais apresentaram investimentos por habitantes inferiores aos R$ 231,09 estimados através do PLANSAB. A média das capitais foi de pouco mais da metade desse valor, com R$ 136,31 por habitante.
Os dados mostram que há um total de 22 municípios que possuem 100% de atendimento total de água e outros 18 com valores de atendimento superiores a 99%, estando todos com serviços universalizados de acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Cuiabá está entre as cidades que ocupam a primeira colocação no quesito "Atendimento total de Água", com 100% da população com acesso à água potável.
Cuiabá oscilou no ranking, saindo do 32º lugar, em 2023, para o 50º lugar em 2024, ficando em 2º lugar entre os municípios com as maiores variações negativas. Essa queda de 18 pontos se deu devido a fórmula utilizada, que leva em consideração o cálculo de esgoto tratado em relação à água consumida.
Com relação ao tratamento, Paulista (PE) e Cuiabá (MT) apresentaram reduções de 12,81 e 21,92 pontos percentuais, respectivamente, no volume de esgoto tratado referido à água consumida. Somente Cuiabá (MT) demonstrou um aumento significativo nos investimentos por habitante, mas já os tinha em níveis elevados, de modo que não afetou sua nota.
“Cuiabá ofertou mais água para a população, mas o volume de esgoto tratado não acompanhou, porque apesar do alto investimento nas redes coletoras de esgoto e no abastecimento de água, o morador não está fazendo a interligação com a rede coletora, o que leva à um baixo volume de esgoto que chegam às estações de tratamento. Portanto, Cuiabá aumentou a extensão de rede, mas o volume de esgoto que chega à estação de tratamento, não. Isso impactou negativamente a nota de Cuiabá”, explica o diretor-presidente da Arsec, Vanderlúcio Rodrigues.
Acesso AQUI o resumo do relatório.
Fonte: Arsec